Social

Captação de Recursos

Entendendo A Captação de Recursos Nas Organizações da Sociedade Civil

Provavelmente você já ouviu alguém dizendo: Mas por que aquela instituição não oferece mais atividades e mais oportunidades de as pessoas participarem de algo que melhore sua vida? Certamente, o cenário que toda entidade deseja é: Ser capaz de ofertar atividades diversas que impactem positivamente a vida do seu público alvo. No entanto, existem inúmeros desafios relacionados à captação de recursos para que tais possibilidades e demandas sejam atingidas.

Com o passar dos anos e, principalmente, após haver uma legislação específica que regule as parcerias entre a sociedade civil e a administração pública, os recursos passaram a ser cada vez mais específicos e essa pode ser a explicação sobre o porque determinada instituição ainda não consegue implantar essa ou aquela atividade tão desejada pelo público.

Comecemos dizendo que as organizações da sociedade civil são um braço dos Governos, ou seja, são instituições dispostas a prestar serviços que por algum motivo os governos não conseguem prestar à comunidade, ou não prestam da mesma forma que elas se propõem enquanto especialistas em determinada causa. No entanto, as OSCs não são governos e, portanto, não são obrigadas a prestar determinado serviço, mesmo que seja uma necessidade do seu público. Assim, elas implantarão aquilo que conseguirem que seja uma realidade através de projetos aprovados.

Atualmente as principais fontes de recursos são as parcerias com Governos (Municipal, Estadual e Federal), leis de incentivo e os editais. Em um primeiro momento pode-se ter a impressão de que as possibilidades são muitas, mas infelizmente ainda existe um vazio assistencial que impede que as instituições consigam atender todo o seu publico com as variadas necessidades.

Um exemplo são os fundos municipais que geralmente abrangem públicos específicos, como por exemplo idosos, crianças e adolescentes, esportes, etc. isso faz com que alguns serviços fiquem desassistidos pelos editais, ou seja, existem propostas que não são alvo daquele recurso. É por esse motivo que mesmo que tanto o público quanto a instituição desejem muito executar certo serviço, não existem fontes de recursos capaz de absorve-lo.

Diante disso, percebe-se que o cenário ideal nas instituições é o de um trabalho constante de captação de recursos que garanta plena participação nos diferentes processos que ocorrem no decorrer do ano e diálogos constantes com os Governos que sejam capazes de estreitar as relações e garantir parcerias. Mas esse não é um trabalho fácil, já que no dia-a-dia várias são as demandas e a grande maioria das instituições não possuem equipes especificas para isso.

O ideal é que as instituições estejam sempre atentas aos editais e oportunidades em aberto, mantenham sua documentação sempre em ordem e tenham diálogos abertos com os Governos, para que as demandas e necessidades específicas sejam conhecidas. Nesse contexto, aos poucos a entidade consegue executar bons projetos e desenvolver ideias inovadoras.

Portanto, percebe-se um desenvolvimento lento impostos a essas instituições, pois existe um esforço continuo para manutenção dos atendimentos e atividades já alcançados em paralelo com a busca por novos alcances. O importante é que sempre sejam valorizados aqueles serviços disponíveis para que outras possibilidades ganhem viabilidade.

Autor(a):

Rayane Santos 

Administradora e Assistente Social 

Atua atualmente como coordenadora da ADP