Setembro Azul

Estamos chegando ao fim do mês de setembro, o mês que coloca em destaque a comunidade Surda. Várias são as datas representativas e correlacionadas as conquistas das pessoas surdas.

Entre os dias 06 e 11 de setembro de 1880, o Congresso de Milão, uma conferência internacional sobre educação das pessoas surdas com maioria ouvinte, defendeu a superioridade da língua falada e proibiu o uso das Línguas de Sinais no que se refere a educação dos surdos.

O dia 23 é o Dia Internacional das Línguas de Sinais, pois desde 1958, a Federação Mundial dos Surdos celebra a conscientização acerca da História dos Surdos, Línguas de Sinais, Educação dos Surdos e Cultura Surda.

Dia 26 de setembro, é o dia Nacional do Surdo. Esse dia foi escolhido em comemoração à criação do Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, a primeira escola para surdos do Brasil. Essa data é de extrema importância, pois visa relembrar as lutas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania.

E por fim, temos o dia 30, em que celebramos o Dia do Tradutor Intérprete, um instrumento de suma importância para que a acessibilidade comunicacional aconteça.

A comunidade surda tem lutado para ser reconhecida e conquistar seu espaço na sociedade, pois há um grande vazio comunicacional em se tratando da acessibilidade necessária a essas pessoas. As pessoas que utilizam a Libras como forma de comunicação, se deparam diariamente com a dificuldade de se comunicar nos mais variados âmbitos sociais, pois ambos precisam da mediação do tradutor intérprete.

O mês de setembro nos traz uma gama de reflexões acerca das dificuldades vividas dia após dia pela pessoa Surda. Essas datas promovem a valorização de toda a comunidade surda, deixando evidente a necessidade de tornar todos os espaços acessíveis. Entretanto, também mostram o quão é desafiador conquistar direitos, que por muitas vezes não são respeitados, deixando os vários usuários dessa língua segregados da sociedade a qual deveriam estar inseridos de forma igualitária e inclusiva.

O Setembro Azul, não foi criado apenas para nos lembrar de dias específicos, mas sim para não deixar que esqueçamos, que existe um grupo de pessoas que luta arduamente para serem reconhecidos enquanto cidadãos de direito, que podem exercer sua autonomia e tornar-se autores de suas próprias histórias quando respeitados como o tal.